A beleza da imperfeição

Estúdio Orth busca criar peças para a eternidade e, assim, consideram o tempo como uma melhoria em cada uma delas

Insta: ESTÚDIO ORTH

O que torna uma peça de design única? Obviamente, se for produzida apenas uma unidade, ela será exclusivíssima. Mas há outros caminhos para que algo seja único, mesmo que esse algo tenha outros ‘irmãos’ e irmãs’ por aí. Isso acontece quando surgem marcas – de ações do tempo ou de ações que fazem parte da história de quem a detém – que permitem que aquela peça, a sua peça, portanto, seja única.

O trabalho do Estúdio Orth, baseado em São Paulo, tem exatamente essa proposta, agregando outras particularidades. Como as peças são meticulosamente feitas à mão por mestres artesãos, uma de cada vez, eles entendem que, uma mancha, variação ou irregularidade do processo também são capazes de apontar cada uma delas como única.

O escritório, fundado e dirigido por Seba Orth trabalha com uma linguagem brutalista em uma produção que reivindica o que foi exposto acima: uma estética impregnada da beleza da imperfeição, fruto também dos materiais naturais que o estúdio utiliza. Os materiais brutos e os métodos tradicionais que utilizam em suas invenções tem a ver com a proposta de criar peças para a eternidade e que, por isso mesmo, consideram o tempo como uma melhoria, assim como acontece com os vinhos.

Ao lado de Pedro Avila e Luísa Bianchetti, Seba Orth comanda o desenvolvimento de móveis, acessórios e projetos de design de interiores que carregam a linguagem do escritório multidisciplinar constituído no início de 2016.

A atuação do trio é guiada pelo senso de coletividade, com concepções que se misturam na hora da concepção, a partir do diálogo constante que traz à tona pontos de vista e referências diversos em uma verdadeira alquimia.

Se os brasilienses Luísa e Pedro trazem na bagagem algo da estética da capital do Brasil e do misticismo da Chapada dos Veadeiros, Seba, natural da Córsega, agrega a influência mediterrânea aos trabalhos do Estúdio Orth. Em tudo que os três fazem, está presente a identidade do que eles são. E, como já disseram em uma matéria publicada na Casa Vogue, eles se abastecem da nostalgia da cultura de cada um para, como comentou Luísa nesse mesmo texto, criar antiguidades do futuro.

FOTO DE CAPA – SALA DE ESTAR DO ESTÚDIO ORTH. FOTO: WESLEY DIEGO EMES

*Com inspiração na matéria publicada no site Casa Vogue.       

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