Fachada do Museu de Arte e Ofícios ganha intervenção do arquiteto Silvio Todeschi para celebrar a Festa da República Italiana
Insta: Consulado da Italia em Belo Horizonte – Silvio Todeschi – Casacor Minas – Museu de Artes e Ofício
Verde, branco e vermelho. A fachada do Museu de Artes e Ofícios, localizado na Praça Rui Barbosa, mais conhecida como Praça da Estação, em Belo Horizonte está vestida com a bandeira da Itália e o motivo é muito especial. É uma das homenagens que o Consulado da Itália na capital, que tem à frente o Cônsul Dario Savarese, está fazendo para comemorar a Festa della Repubblica.
A intervenção, assinada pelo arquiteto Silvio Todeschi, parte de estruturas infláveis e pode ser vista ao longo do dia, mas, em função da iluminação, o melhor período de apreciação é o noturno. “A nossa ideia nessa homenagem foi criar estruturas infláveis baseadas em fragmentos da bandeira italiana. Esses elementos coloridos interagem com o prédio, que foi projetado em 1922 pelo arquiteto italiano Luis Olivieri, de uma forma lúdica e, ao mesmo tempo, respeitosa”, comenta Todeschi.
A Festa della Repubblica é uma das mais importantes para os italianos. No dia dois de junho, de 1946, depois de 85 anos de monarquia, sendo 20 deles regidos sob a égide do fascismo, os italianos foram às urnas para escolher o modelo republicano como forma de governo. Nascia assim a República Italiana e, a partir de então, a comemoração marca esse dia emblemático com grandes manifestações populares.
“Junto a todo esse sentimento de incerteza e dor, percebemos, dia após dia, a crescente vontade de um novo início e de uma espécie de renascimento, como naquele em dois de junho de 1946, quando o povo italiano tomou nas mãos o próprio destino e instaurou as bases de uma República democrática e unida. É também uma ocasião para celebrar aquilo que mantém nosso país unido: um senso profundo de pátria e de unidade moral, civil e linguística, sempre respeitando as diversidades. Ideais profetizados pelo escritor, poeta e político Dante Alighieri, considerado o pai da nossa pátria por ter sido o primeiro e maior poeta da língua italiana”, destaca o Cônsul Dario Savarese.
Um pouco da história de BH
A criação da Praça da Estação coincide com a fundação de Belo Horizonte no final do século XIX. Antes mesmo da inauguração da capital, a região nas proximidades da Estação já apresentava quarteirões em formação, com restaurantes e edificações novas atraindo ao local um movimento regular de pessoas. E a Estação Central era, desde os tempos inaugurais da nova capital, uma importante referência urbana.
“Quando se fala que o coração de Belo Horizonte pulsa na praça da estação não é à toa. Foi aqui onde a sociedade mineira convergiu na época da criação da cidade. Com a chegada e a partida dos trens havia o movimento das pessoas e de todo o material e comércio que aqui chegava e daqui saía. Então a vida na praça da estação era intensa e este prédio foi construído nessa época, inspirado no neoclássico italiano, que florescia na Europa daquela época”, comenta Angela Gutierrez.
FOTOS CEDIDAS PELO MUSEU DE ARTES E OFÍCIO/CONSULADO DA ITÁLIA EM BELO HORIZONTE/LUISA JORDA
VÍDEO: NY18