Espaço dedicado à arte, de Nydia Negromonte e Marcelo Drummond, recebe exposição com um recorte das obras dos dois artistas
Insta: ESPAI – NYDIA NEGROMONTE – MARCELO DRUMMOND
Do lado de fora, mesmo que o muro impeça de certa forma a visão da casa, já dá para imaginar que não é um lugar comum. Nele, há pistas de que a arte anda por aquelas bandas. A casa em si, datada dos anos 1920, fica em um dos bairros mais antigos de Belo Horizonte, o Santa Efigênia.
Com uma área externa tão agradável quanto a interna, é nela que os artistas visuais Marcelo Drummond e Nydia Negromonte resolveram, a partir do desejo e da vocação de ambos, criar um lugar que oferecesse um ambiente para pesquisas em artes visuais. Uma casa que também funciona tanto para a apresentação de trabalhos, como ateliê e espaço de desenvolvimento de projetos artísticos, em estreita conexão com diferentes campos de conhecimento.
Batizado de Espai, que significa espaço em Catalão, a casa traz aquele tipo de encantamento de um desejo realizado depois que os dois artistas chegaram de Barcelona, de volta a Belo Horizonte. Com proposta de um espaço aberto tanto de forma objetiva quanto simbólica, não há portas entre um compartimento e outro. Um sonho que começou a ser realizado em 2014.
Atualmente, lá está em cartaz o Espai Ateliê Aberto, uma ideia nova que surgiu este ano e que deve prosseguir no ano que vem com novas exposições. A proposta, segundo Nydia, é usar o Espai para abrigar, durante um período do ano, obras dela e de Marcelo, conformadas como em uma galeria de arte.
“Esta é a primeira de uma série que ainda está por vir e a mostra apresenta obras de várias épocas de nosso trabalho”, comenta Nydia. Quem for ao Espai ver a exposição, que fica em cartaz até o dia 5 de novembro, vai perceber que há um diálogo entre a produção de ambos, que ora surpreende pela força dessa ‘conversa’, ora pela potência singular de cada uma delas.
Sobre Nydia Negromonte
Nascida em Lima, no Peru, e crescida em Belo Horizonte, Nydia Negromonte é artista plástica formada em desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG em 1989. Especializou-se em gravura, em 1998, pela faculdade de Belas Artes, Universidade de Barcelona, na Espanha, onde foi artista residente do Atelier Hangar de 1999 a 2001. Participou de importantes mostras e feiras de arte, tais como: “ARCO”, “Feria Internacional de Arte Contemporáneo”, Madrid; Trigésima Bienal de São Paulo, “A Iminência das Poéticas” e mostra individual, “Lição de Coisas”, no Museu de Arte da Pampulha. Em 2019 foi selecionada como uma das artistas finalistas na 7ª edição do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça, em São Paulo. Participa atualmente da mostra “Afago” sob curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano no Sesc Quitandinha em Petrópolis, RJ.
Sobre Marcelo Drummond
Já o itabirano Marcelo Drummond é artista gráfico formado pela FUMA/UEMG e professor da Habilitação em Artes Gráficas da Escola de Belas Artes da UFMG. Em 2009, foi agraciado em premiações como o 51º Prêmio Jabuti (melhor projeto gráfico), outorgado pela Câmara Brasileira do Livro, São Paulo ; Concurso Arte no Ônibus, em Belo Horizonte [2005]; Prêmio Internacional de Poesia Visual Joan Brossa, Barcelona, Espanha [1999]. Em 2016, realizou a exposição individual “Daquilo Que é Próprio”, na Periscópio Arte Contemporânea, galeria que o representa em Belo Horizonte. Recentemente, assinou a curadoria da artista Lotus Lobo, “Fabricação Própria”, no Sesc Pompéia, São Paulo.
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FOTO CAPA: STUDIO TERTULIA