Gesto livre

Obras de Heder Perdigão que estão na Tom sobre Tom e na Natuzzi impressionam pelo equilíbrio entre vazios e formas abstratas

Insta: Heder PerdigãoGaleria Leo BahiaTom Sobre TomNatuzzi Editions

Nem todo mundo tem esse hábito. Mas, ao entrar em um ambiente, observar cuidadosamente as paredes para decifrar as obras de arte que estão nelas, ou espalhadas pelo recinto é uma experiência de sensibilidade e certamente uma declaração de amor pela arte. Por isso, ao entrar na loja Tom sobre Tom e na Natuzzi é bom tentar fazer esse exercício. As telas do artista Heder Perdigão estão por toda parte. Ora coloridas, ora em variações entre o preto e o branco, as obras impressionam pelo jogo equilibrado entre vazios e as formas abstratas que o artista cria.

Para Perdigão, o processo criativo em cada uma delas passa pela intuição e pela liberdade do traço, pela experimentação e também pela observação do cotidiano, da cultura urbana, que o inspira de forma peculiar. Como não se prende a uma única técnica, ele busca, assim, ampliar as possibilidades do processo criativo. “Gosto de acompanhar a forma como o material vai reagindo sobre a tela ou sobre o papel. É um processo mais livre, que não me deixa preso a um determinado resultado”, explica.

Autodidata, seu interesse pelas artes visuais veio desde muito cedo, de forma natural, sempre aliado ao incentivo de pessoas próximas, que despertaram nele a habilidade artística. Artista multimídia, além da pintura, Heder também desenvolve trabalhos em arte digital. Fez faculdade de produção multimídia, trabalhou como designer gráfico e motion designer em agências de publicidade, experiências que complementaram seu desenvolvimento na pintura.

Hoje com 44 anos, ele começou a dar vazão a essa forma de expressão há pouco mais de três anos. Quer dizer, ele não precisou passar pelo processo da pandemia, que transformou a rotina de muita gente e fez vários talentos aflorarem. No caso de Heder, foi a mudança para um novo apartamento, para o qual queria uma obra que o fez experimentar com mais afinco os pincéis, tintas, sprays, papéis e tecidos e também as texturas que vai descobrindo com o fazer. Deu certo. Em seu trabalho, nada é definido previamente. O uso das cores, por exemplo, acontece durante o processo. E assim é: desde que se enveredou por esse caminho, nunca mais parou. Sorte a nossa.

A galeria que o representa é a Léo Bahia, em Vitória, no Espírito Santo. Mas quem estiver na capital mineira pode conferir os trabalhos de Heder Perdigão nas lojas Tom Sobre Tom e Natuzzi.

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